O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) decidiu manter, pela oitava reunião consecutiva, a taxa básica de juros dos EUA no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão, que já era esperada pelo mercado, foi comunicada na tarde desta “super quarta” (20) de forma unânime.
Segundo o documento, os indicadores recentes mostraram que a atividade econômica continua se expandindo em ritmo sólido. Os dirigentes disseram que a inflação continua um pouco elevada, mas “nos últimos meses, houve algum progresso adicional em direção à meta de inflação de 2% do Comitê”. O Fed também destacou que os ganhos de emprego moderaram, e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa.
100% dos analistas acreditam que o corte na taxa de juros comece na próxima reunião, em setembro, segundo o monitoramento do CME Group. Fora este primeiro corte, o mercado diverge sobre a quantidade de cortes para as duas últimas reuniões do ano. Levando em consideração cortes de 0,25 ponto percentual, 34,5% acreditam em mais um corte e 57,8% acreditam em dois cortes.
Veja o gráfico de expectativas da CME Group para a reunião de dezembro:
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Por que os juros estão altos nos EUA?
Com a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a inflação dos Estados Unidos subiu exponencialmente, chegando a atingir a maior inflação em 40 anos em 2022 (9,1%).
A taxa básica de juros serve para desacelerar a economia e, assim, controlar a inflação. Ou seja, conforme a inflação subiu, os juros nos EUA subiam.
Em maio de 2023, depois de 10 altas consecutivas, o Federal Reserve parece ter encontrado um intervalo estável para controlar a inflação (entre 5,25% e 5,50% ao ano).