O dólar fechou em queda de 0,86%, cotado a R$ 5,1640. A moeda refletiu, majoritariamente, um movimento de correção. O cenário, tanto no Brasil quando no exterior, continua indefinido, repleto de incertezas. Na semana, a moeda norte-americana sofreu desvalorização de 1,09%.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “é um movimento global do dólar, que está desvalorizando bastante contra as moedas emergentes. Existe o medo de recessão por causa da manutenção dos juros altos nos Estados Unidos, mas na visão do estrangeiro os mercados emergentes podem ser uma alternativa”.
Komura acredita que “o dólar está na contramão dos juros e bolsa. O Brasil é atrativo para o investidor estrangeiro, mas o movimento não está melhor pois há muito ruído local”.
De acordo com o boletim da Ajax Asset, “lá fora, mercados ainda digerem discursos mais hawkish (duro, propenso ao aumento dos juros) dos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Por aqui, num dia de fraca agenda, os ativos domésticos devem seguir a piora dos mercados internacionais”.
É importante notar, contudo, que as falas foram da presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e do presidente do Fed de Saint Louis, ambos membros não-votantes em 2023 – os dois defenderam uma alta de 0,25 ponto percentual (pp) na próxima reunião da instituição.
Paulo Holland / Agência CMA
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