O dólar fechou em alta de 1,48%, cotado a R$ 5,2736. A moeda refletiu, ao longo da sessão, os ruídos entre Lula e Banco Central (BC), impedindo que o real ganhasse terreno.
Segundo o sócio da Nexgen Felipe Izac, “o fator é muito mais interno do que externo, com as críticas de Lula que têm gerado uma tensão muito grande. É muito tóxico para a nossa moeda”.
Izac explica que a situação gera incertezas fiscais e políticas, o que afasta o investidor estrangeiro, causando fuga de capital e consequente desvalorização do real.
Para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “estas tensões com o BC têm pesado no câmbio nos últimos dias. Apesar da melhora do ambiente lá fora, o real continua com um desempenho aquém na comparação com os pares emergentes”.
De acordo com o boletim da Mirae Asset, “o ambiente segue contaminado pela escalada na relação entre BC e Lula. Na leitura do diretor de política monetária do BC, Bruno Serra, o p patamar da Selic (taxa básica de juros) (taxa básica de juros) em 13,75%, dada a herança fiscal do governo anterior e o ativismo fiscal do atual, é ‘tecnicamente adequado’. Em evento no Rio, disse que estão ingressando muitos recursos para emergentes, que os estrangeiros veem oportunidades no Brasil e que está otimista com o câmbio”.
Serra ainda disse, sobre a independência do BC, que as acomodações as oscilações cambiais se devem ao BC autônomo e que a instituição “é de Estado, não de Governo”.
Paulo Holland / Agência CMA
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