Na primeira viagem internacional do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer garantir que integração financeira com Argentina não será uma moeda única, ou seja, não vai substituir o real ou o peso argentino. Entretanto, será usada para transações entre os dois países.
A nova unidade monetária, que ainda está em estudo, deverá se chamar “sur” (sul em espanhol) e é uma forma de barrar o avanço das importações chinesas, que substituem os bens que poderiam ser comprados do Brasil, pela Argentina. O país está entre os principais parceiros do Brasil, sendo o terceiro principal destino das nossas exportações (4,6% de participação), segundo publicação do O Globo.
O memorando será assinado nesta segunda-feira (23), em Buenos Aires, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e por Alberto Fernandez, chefe do executivo argentino.
O governo brasileiro deixou claro que vai incluir trecho que explicite que a nova moeda não vai substituir o real brasileiro ou o peso argentino. O motivo é o ruído causado pela possibilidade de criação da moeda e um paralelo de um suposto uso para a posterior criação de uma moeda comum sul-americana.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, conversou com seu par argentino, Sergio Massa, e afirmou que o objetivo dos dois países é incentivar o comércio entre eles e que estão buscando mecanismos alternativos.
Imagem: Agência Brasil