As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) ensaiam queda após dias de alta turbulência no noticiário político e fiscal.
O ministro da Fazenda Fernando Haddad tem agenda movimentada nesta quarta-feira (4) com representantes da Caixa Econômica Federal e imprensa, ao final do dia. Investidores aguardam novas sinalizações do petista.
As últimas falas do Haddad já vêm trazendo aversão a risco ao mercado, deixando o investidor incomodado, ao demonstrar conhecimento parcial da ferramenta de política monetária, que é o uso da taxa de juros ao combate da inflação, alerta Ariane Benedito, economista especialista em mercado de capitais.
O ministro afirmou em entrevista ao portal Brasil 247 que a taxa de juro real está fora de propósito, comparando a inflação do Brasil com a de países da Europa e dos Estados Unidos.
Outro fator que gera expectativa ao mercado é a ata do Fed (o banco central norte-americano),
que será divulgada hoje.
A ata deve trazer mais detalhes da política monetária dos EUA. Caso ela venha sem surpresas, os juros devem permanecer em queda por lá e isso impacta pouco o Brasil, disse a economista. Mas se o tom for mais duro, podemos ver alguma piora, completou ela.
Por volta das 16h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,765% de 13,700% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 13,275%, de 13,180%, o DI para janeiro de 2026 ia a 13,245%, de 13,130%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 13,265% de 13,165% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 5,4460 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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