A greve dos estivadores (trabalhadores portuários) iniciada nesta terça-feira (1) nos Estados Unidos fechou os principais portos da Costa Leste e do Golfo do México pela primeira vez em quase 50 anos. A paralisação causará, segundo o JPMorgan, entre US$ 3,8 bilhões (R$ 20,7 bilhões) e US$ 4,5 bilhões (R$ 24,5 bilhões) por dia.
O movimento foi organizado pelo sindicato International Longshoremen’s Association (ILA), que exige salários mais altos e busca negociar questões relacionadas à automação dos portos. “Estamos preparados para permanecer em greve pelo tempo que for necessário”, afirmou o líder sindical Harold Daggett em comunicado.
Segundo Daggett, as negociações com as empresas portuárias não avançaram, uma vez que a última proposta ficou muito distante do que havia sido pedido.
Os 36 portos afetados são responsáveis por movimentar até metade de todo o volume de comércio do país, interrompendo o transporte de contêineres e embarques de automóveis. Apesar da suspensão dessas operações, o fornecimento de energia e as cargas a granel não foram afetados diretamente.
Especialistas da Oxford Economics calculam que o congestionamento gerado por uma greve de uma semana levaria cerca de um mês para ser resolvido.