A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em agosto, após queda de 1,4% em julho. No entanto, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que previa um crescimento de 0,50%.
Na comparação com agosto de 2023, a indústria apresentou expansão de 2,2%, acima da projeção de 2%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Produção industrial no trimestre e no ano
A média móvel trimestral da produção industrial cresceu 1% até agosto, continuando a trajetória ascendente iniciada em 2023. No acumulado de 2024, o setor avançou 3,0%, e nos últimos 12 meses, a indústria cresceu 2,4%, intensificando o ritmo em relação a períodos anteriores.
Apesar da leve alta de 0,1%, 18 das 25 atividades pesquisadas registraram queda na produção. Entre os destaques positivos, o setor de indústrias extrativas cresceu 1,1%, após recuar 2,2% em julho. Outros segmentos que contribuíram para o resultado foram produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+3,6%) e equipamentos de informática (+4,0%).
Automóveis e impressão lideram recuos
Entre as atividades que mais impactaram negativamente o desempenho da indústria, veículos automotores recuaram 4,3%, interrompendo dois meses de alta. Impressão e reprodução de gravações (-25,1%) e produtos diversos (-16,7%) também exerceram fortes quedas, eliminando parte dos ganhos registrados anteriormente.
Perspectivas para o setor
A produção industrial no Brasil continua 15,4% abaixo do recorde de maio de 2011, mas há sinais de recuperação, principalmente em setores ligados à exportação e às commodities.
No entanto, as quedas em setores estratégicos, como automotivo, indicam que o caminho para uma recuperação plena ainda enfrenta desafios significativos.
*Com informações da agência de notícias CMA.