São Paulo, 29 de novembro de 2022 – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao
Congresso que aprove uma legislação que evite uma greve no setor ferroviário, buscando impor uma
proposta de contrato que os membros de quatro sindicatos ferroviários rejeitaram anteriormente.
"Estou relutante em anular os procedimentos de ratificação e as opiniões daqueles que votaram
contra o acordo", disse Biden em um comunicado. "Mas neste caso – onde o impacto econômico de uma
paralisação prejudicaria milhões de outros trabalhadores e famílias – acredito que o Congresso
deve usar seus poderes para adotá-lo."
A medida defendida pelo presidente interromperia uma longa disputa trabalhista entre as
concessionárias das maiores ferrovias de carga do país e mais de 115 mil trabalhadores, que
ameaça prejudicar a economia e interromper o fluxo de mercadorias já na próxima semana.
"Sem o transporte ferroviário de carga, muitas indústrias dos Estados Unidos fechariam. Meus
assessores econômicos relatam que até 765 mil americanos – muitos trabalhadores sindicais –
poderiam ser colocados fora do trabalho apenas nas primeiras duas semanas", acrescentou Biden.
Sob a Lei do Trabalho Ferroviário, o Congresso pode fazer com que ambos os lados aceitem um
acordo que seus membros rejeitaram. Os legisladores também podem ordenar que as negociações
continuem e adiem o prazo de greve por um determinado período, ou podem enviar a disputa para
árbitros externos.
As ferrovias de carga e sindicatos que representam engenheiros, condutores, maquinistas e outros
trabalhadores, estão em negociações trabalhistas há mais de dois anos. A Casa Branca nomeou um
painel durante o verão para mediar as discussões.
Darlan de Azevedo / Agência CMA
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