O dólar fechou próximo da estabilidade nesta quarta-feira (30) em alta de 0,03%, fechando a R$ 5,76, enquanto investidores aguardavam possíveis medidas de contenção de gastos por parte do governo.
Após atingir o maior nível desde março de 2021, o câmbio experimentou um movimento de ajuste, influenciado também pelo fechamento da Ptax (taxa de câmbio calculada pelo Banco Central) e pela expectativa de revisão do índice MSCI Brasil na próxima semana.
No exterior, o dólar registrou uma leve queda, com o índice DXY (que mede o desempenho da moeda frente a outras seis divisas fortes) recuando 0,31%, situando-se em 103,994 pontos.
O real, que vinha se desvalorizando em relação a outras moedas emergentes, conseguiu estabilizar-se, ainda que o dólar continuasse em alta frente a moedas latino-americanas como o peso mexicano, peso colombiano e peso chileno.
Espera por ações fiscais
Em entrevista ao Broadcast, Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, o real experimentou uma desvalorização mais contida em relação a outros emergentes devido a uma percepção de alinhamento dentro do governo.
Segundo ele, falas recentes dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) indicaram uma possível convergência em relação à política fiscal, fator que antes gerava divergências.
Próximos eventos e expectativas do mercado
Nos próximos dias, eventos globais trazem incertezas para o mercado de câmbio. Na sexta-feira, o payroll (relatório de emprego dos EUA) será divulgado, e espera-se que influencie a postura dos investidores.
A semana seguinte também promete volatilidade, com as eleições americanas e a reunião do Federal Reserve (Fed) no radar dos investidores.