O Papai Noel chegou mais cedo neste ano, só no mês de novembro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu pouco mais de 10%, atingindo os 127 mil pontos. O ótimo desempenho faz os investidores ficarem atentos, à medida que o índice se aproxima do topo histórico dos 130 mil pontos.
O final de ano na Bolsa de valores é tradicionalmente marcado por altas, uma vez que os grandes fundos globais, como a BlackRock, por exemplo, montam suas posições e saem de férias, assim, diminuindo as grandes movimentações de dinheiro.
Deste modo, os altos e baixos dos mercados ficam por conta dos investidores convencionais, pessoas físicas.
O movimento ganhou o nome de “rali de Natal”, mas, neste ano, parece ter chegado mais cedo do que o normal.
Outra provável causa dessa guinada do Ibovespa, foram os dados da inflação nos EUA. O índice de preço ao consumidor, ou CPI (na sigla em inglês), permaneceu estável na comparação mensal e subiu apenas 3,2% em termos anuais, assim, fazendo com que os investidores migrassem de volta para os mercados emergentes, como o brasileiro.
O mercado mundial estava focado nas Treasuries norte-americanas, conhecidas por serem o investimento mais seguro do mundo, fazendo com que os rendimentos (yields) do tesouro de 10 anos chegasse a 5%, algo que não acontecia desde 2007.
Mas agora, o mercado projeta que um corte na taxa de juros norte-americana acontece já em janeiro, o “apetite ao risco” voltou.
Como os 130 mil pontos do Ibovespa são o ponto mais alto atingido pelo índice na história, analistas apontam que é natural que ao chegar lá, o índice caia, já que muitos investidores tendem a realizar seus lucros, vendendo seus papéis na alta.
*Imagem: Piqsels.com