O Grupo Pão de Açúcar (GPA) registrou um prejuízo líquido de R$ 311 milhões no terceiro trimestre, diminuindo os valores em 76% na comparação com o prejuízo de R$ 1,295 bilhão registrado no mesmo período de 2023.
No acumulado de janeiro a setembro, o prejuízo do GPA (PCAR3) é de R$ 1,303 bilhão, queda de 33,8% em relação ao ano anterior.
Nesta manhã, as ações da companhia abriram o pregão em forte queda. Na primeira hora de negociações, os papéis cedem 4,69%, sendo negociadas a R$ 3,05.
Principais linhas do balanço do Grupo Pão de Açúcar
O lucro bruto da companhia alcançou R$ 1,2 bilhão no trimestre, com uma margem de 27,7%, uma melhora de 1,1 ponto percentual em comparação ao mesmo trimestre do ano passado. Essa alta foi impulsionada por melhorias nas negociações comerciais, ajustes operacionais e redução nos custos logísticos.
O Ebitda ajustado do GPA foi de R$ 399 milhões, queda de 64,7% em relação ao mesmo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada líquida caiu para 8,9%, uma retração de 16,9 pontos percentuais, em função do processo de reestruturação e foco no aumento da eficiência.
A receita líquida do Grupo Pão de Açúcar foi de R$ 4,494 bilhões no trimestre, representando um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Dívida do GPA caiu no trimestre
No acumulado de 12 meses encerrado no 3T24, o GPA reduziu sua dívida líquida em R$ 1 bilhão, apoiado pela venda de ativos não essenciais e pela captação de recursos via oferta pública de ações, que juntos somaram R$ 1,9 bilhão.
A alavancagem financeira (dívida líquida sobre Ebitda ajustado) caiu para 2,9 vezes, uma melhora expressiva em relação aos 5,9 vezes do mesmo período do ano anterior.
Grupo expandiu vendas e busca foco na proximidade
As vendas totais no trimestre foram de R$ 4,8 bilhões, um aumento de 1,9%. O formato de proximidade segue em destaque, impulsionado pela abertura de 43 lojas nos últimos 12 meses.
A empresa inaugurou 12 lojas no formato de proximidade durante o trimestre, enquanto fechou outras 10 unidades. A expansão das lojas de proximidade tem contribuído para o desempenho das vendas, com crescimento de 13,7% nesse segmento no último ano.