O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) de novembro registrou uma aceleração significativa, atingindo 0,42%, em comparação com os 0,27% registrados em outubro, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Esta variação implica em uma elevação acumulada de 3,26% no ano e 3,71% nos últimos 12 meses.
Desdobramentos setoriais
Quatro das oito classes de despesas que compõem o índice apresentaram aceleração. Destacam-se os setores de Alimentação (de -0,39% para 0,58%), Despesas Diversas (de 0,06% para 1,29%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,21% para 0,29%) e Habitação (de 0,19% para 0,20%).
Por outro lado, ocorreu desaceleração em Educação, Leitura e Recreação (de 2,99% para 2,05%), Transportes (de -0,12% para -0,25%), Vestuário (de 0,15% para 0,09%) e Comunicação (de 0,07% para -0,05%).
Influências nos preços
As pressões para cima no IPC-M de novembro foram lideradas por aumentos expressivos em passagens aéreas (de 19,70% para 11,44%), serviços bancários (de 0,12% para 2,19%), cebola (de -5,20% para 38,53%), batata-inglesa (de -5,40% para 20,94%) e tarifa de eletricidade residencial (de -0,03% para 0,97%).
Por outro lado, as maiores influências negativas provieram de itens como gasolina (de -0,91% para 1,83%), leite tipo longa vida (de -4,48% para -3,95%) e perfume (de 0,97% para -1,28%), seguidos por tomate (de -1,15% para -2,71%) e aluguel residencial (de 0,22% para -0,19%).
Perspectivas para investidores
A variação no IPC-M sugere a importância de os investidores monitorarem de perto setores específicos. A aceleração em segmentos como Alimentação e Saúde pode indicar oportunidades, enquanto desacelerações em Transportes e Vestuário podem demandar uma análise mais cautelosa.
Imagem: Piqsels