As dez empresas mais lucrativas da Bolsa de valores brasileira registraram crescimento conjunto nos lucros no terceiro trimestre, alcançando R$ 101,9 bilhões, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. O número representa um salto de 60,3% em relação aos R$ 63,5 bilhões apurados no ano passado.
A Petrobras (PETR3;PETR4) ocupou o topo da lista, com um lucro de R$ 32,5 bilhões no trimestre, crescimento de 22,3% em comparação ao ano passado. A estatal consolidou sua posição como a empresa mais lucrativa da Bolsa, impulsionada pelo desempenho nos segmentos de exploração, refino e distribuição de petróleo.
Setor bancário tem trimestre robusto
O setor bancário também se destaca, com três bancos entre as empresas mais lucrativas. O Itaú Unibanco (ITUB4) lidera o setor com um lucro de R$ 10,19 bilhões no terceiro trimestre, seguido pelo Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4), com R$ 8,92 bilhões e R$ 5,23 bilhões, respectivamente.
Na análise da Elos Ayta, esses resultados reafirmam a solidez do setor financeiro, que continua a gerar retornos robustos mesmo em tempos de incertezas econômicas.

Americanas surpreende entre mais lucrativas
Um dos destaques do levantamento foi a Americanas (AMER3), que reverteu o prejuízo de R$ 1,62 bilhão no ano passado, alcançando lucro de R$ 10,27 bilhões em 2024.
O aumento de R$ 11,9 bilhões ocorreu em meio ao processo de recuperação judicial, reforçando a capacidade de recuperação financeira da empresa.
Outros setores destacados no trimestre
Entre as companhias de utilidades, a Eletrobras (ELET6) destacou-se com crescimento de 384,8%, atingindo R$ 7,19 bilhões, enquanto a Sabesp (SBSP3) teve alta de 622,5%, totalizando R$ 6,11 bilhões.
No setor de petróleo, a Vibra (VBBR3) reportou lucro de R$ 4,2 bilhões (+234,7%). No segmento alimentício, a JBS (JBSS3) encerrou o trimestre com lucro de R$ 3,84 bilhões, alta de 570,7%.
Vale é a única a registrar queda
A Vale (VALE3) foi a única a reportar redução nos lucros. A mineradora teve queda de 3,4%, com lucro de R$ 13,38 bilhões, impactada por flutuações nos preços das commodities e menor demanda global.
Segundo a Elos Ayta “os resultados refletem a força de setores essenciais e o potencial de recuperação de empresas em dificuldades, como a Americanas, criando boas perspectivas para o último trimestre do ano”, concluiu.