O dólar fechou esta sexta-feira (22) com leve alta de 0,05%, a R$ 5,81. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 5,7898 na mínima e R$ 5,8324 na máxima.
O mercado seguiu com baixa volatilidade, aguardando o anúncio do pacote de corte de gastos prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o início da próxima semana.
Na semana, o dólar acumulou valorização de 0,45%, em um cenário de cautela tanto no Brasil quanto no exterior.
Dólar forte no exterior
O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas globais, ultrapassou pontualmente os 108,000 pontos, indicando fortalecimento da moeda americana.
O euro chegou ao menor nível em quase dois anos frente ao dólar, pressionado por dados fracos dos PMIs (índices de gerentes de compras) de serviços e indústria da zona do euro. Esses índices são utilizados para medir a atividade econômica e, quando em queda, sinalizam desaceleração.
Além disso, o agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia contribuiu para aumentar a aversão ao risco, favorecendo a busca por segurança no dólar.
Real tem melhor desempenho na América Latina
Entre as moedas emergentes, o real se destacou positivamente, sustentado pela valorização das ações da Petrobras após o anúncio de dividendos extraordinários.
Por outro lado, a cautela fiscal e a persistente força do dólar no exterior limitaram ganhos da moeda brasileira. Para economistas, o patamar de R$ 5,70 já está precificado pelo mercado, enquanto impactos adicionais do pacote fiscal, caso anunciados, tendem a ser de curto prazo.
Investidores atentos ao pacote fiscal
O governo trabalha em um plano de corte de despesas estimado em R$ 70 bilhões, com possíveis ajustes em programas sociais e contenção do aumento do salário mínimo.
O impacto limitado do pacote nos preços do câmbio indica que ele pode não ser suficiente para levar o dólar a níveis próximos de R$ 5,40, conforme estimativas de analistas.