Minutos após as notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá passar por uma nova cirurgia amanhã (12), o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, disparou, chegando a subir quase 2 pontos percentuais, atingindo os 130 mil pontos.
Segundo André Ribeiro, CEO da Wise Asset, a nova cirurgia deu início ao “trade das eleições”, movimentando apostas ao afastar o petista do próximo pleito. Além disso, aumenta a possibilidade de “passagem de bastão” para Geraldo Alckmin, atual vice-presidente, ainda durante este mandato.
Em meio à disputa pelo cumprimento de regras fiscais, onde Lula é visto como contrário aos cortes de gastos, sua saída do jogo eleitoral parece ser bem recebida pelo mercado financeiro.
Em entrevista, o Dr. Roberto Kalil Filho, disse que nada aconteceu. “Evolução é ótima. Quando drena o hematoma, existe uma pequena possibilidade das artérias da meninge causarem um pequeno sangramento. O procedimento complementar minimiza o risco, faz parte dos protocolos atuais e tem baixo risco”, explica.
Histórico dos procedimentos de Lula
Tudo começou quando, no dia 19 de outubro, o presidente escorregou no banheiro do Palácio da Alvorada e foi levado ao Hospital Sírio-Libanês em Brasília. Lá, ele recebeu 5 pontos na parte de trás da cabeça.
No dia seguinte, ele retorna para o centro médico para reavaliação e troca de curativo. Os médicos recomendaram evitar viagens longas, Lula decide, então, participar remotamente da Cúpula dos Brics.
Ontem, após quase dois meses, o petista sentiu dores de cabeça e foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Exames revelaram uma hemorragia intracraniana causada pela queda. Ele é submetido a uma craniotomia para drenar o hematoma.
A cirurgia é bem-sucedida e o presidente permanece estável, sob cuidados de Kalil Filho, mas um novo procedimento endovascular é programado, com objetivo de embolizar as artérias meníngeas e evitar novos sangramentos.