O dólar opera em forte alta. Isso é reflexo imediato da alta de 0,1% do índice de preços ao consumidor em agosto, nos Estados Unidos, acima das projeções do mercado de -0,1%. Os resultados ligam o alerta para um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais hawkish (duro, propenso ao aumento dos juros) com o objetivo de controlar a inflação.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “no raio-x da inflação, a gasolina teve queda de 10,60%, no comparativo entre agosto e julho, mas não foi suficiente para causar deflação. Alimentação no domicílio, conta de gás e energia elétrica e, principalmente, serviços continuam altos”.
Abdelmalack explica que o resultado não foi um banho de água fria, mas desanimador, e que um aumento de 0,75 ponto percentual (pp) na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) que ocorre na próxima semana já é consensual: “A leitura da inflação de serviços, que teve alta de 6,1% no acumulado de 12 meses, mostra que o cenário será desafiador para o Fed”, analisa.
Por volta das 9h59 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 2,07%, cotado a R$ 5,2030 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2022 avançava 2,07%, cotado a R$ 5.224,00.
Paulo Holland / Agência CMA
Copyright 2022 – Grupo CMA
Imagem: Piqsels