Banrisul registra lucro líquido ajustado de R$ 127,4 milhões no 3º trimestre

O Banrisul divulgou seu desempenho no terceiro trimestre de 2023, apresentando um lucro líquido ajustado de R$ 127,4 milhões. Esse valor reflete uma queda de 7,7% em comparação com o mesmo período de 2022 e de 43,8% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Motivos da queda e análise financeira

O banco atribui a redução do lucro a seis fatores principais:

1. Diminuição da margem financeira.
2. Aumento das despesas de provisão para perdas de crédito.
3. Crescimento das receitas de prestação de serviços.
4. Elevação das despesas administrativas.
5. Resultado desfavorável de outras receitas e despesas operacionais.
6. Maior fluxo das despesas com provisões trabalhistas, fiscais e cíveis, e o consequente efeito tributário e PPR.

É importante para os investidores compreenderem que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAB) no terceiro trimestre foi de 5,4%, abaixo dos 6,1% de 2022 e dos 9,6% do segundo trimestre de 2023.

Receitas de prestação de serviços e ativos totais

As receitas de prestação de serviços alcançaram R$ 574,5 milhões, apresentando um crescimento de 10,1% em 12 meses e 7,8% em relação ao trimestre anterior. Enquanto isso, os ativos totais do Banrisul atingiram R$ 123,563 bilhões, registrando um aumento anualizado de 8,1%.

Situação da carteira de crédito e inadimplência

A carteira de crédito total do banco totalizou R$ 52,456 bilhões, apresentando um aumento de 10,6% em comparação anual e 1,9% em relação a junho. No entanto, a provisão para perdas de créditos aumentou 8,3% em 12 meses e 0,6% em relação a junho, totalizando R$ 2,644 bilhões.

O índice de inadimplência acima de 90 dias cresceu para 1,99% em relação à carteira de crédito, comparado a 1,58% no mesmo trimestre de 2022 e 1,98% no final de junho.

Desdobramentos para investidores

Diante desses resultados, os investidores devem monitorar de perto a evolução das margens financeiras, as despesas administrativas e as provisões para perdas de crédito. Além disso, a gestão eficiente das receitas de prestação de serviços será crucial para a recuperação do ROAB.

^{Imagem: Divulgação}