A Neoenergia anunciou recentemente a venda da usina hidrelétrica Baixo Iguaçu para a EDF Brasil. A transação, avaliada em 1,4 bilhão de reais, envolve a cessão de 100% das ações da Geração Céu Azul, empresa que controla 70% do consórcio responsável pela operação da usina. Os 30% restantes pertencem à Copel, que tem direito de preferência na compra.
Localizada no Paraná, a usina Baixo Iguaçu possui capacidade instalada de 350 megawatts (MW), com uma garantia física de 172 megawatts médios (MWm). A conclusão do negócio depende de algumas condições, como aprovações pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Por que a Neoenergia decidiu vender a usina?
A decisão de vender a usina Baixo Iguaçu faz parte de uma estratégia da Neoenergia de rotacionar ativos para otimização de seu portfólio. A empresa busca focar em geração de valor, mantendo disciplina de capital e simplificação de sua estrutura organizacional. Essa política permite um maior foco em áreas que possam trazer retornos significativos em longo prazo.
![Gigante hidrelétrica é vendida por R$ 1,4 bilhão e empresa compradora assume o controle](https://monitordomercado.com.br/wp-content/uploads/2025/02/energia_1738866062075-1024x576.jpg)
Qual o papel da Copel na transação?
A Copel, que possui 30% dos direitos sobre a usina, tem o chamado direito de preferência. Isso significa que ela pode exercer a opção de adquirir os 70% colocados à venda pela Neoenergia antes que a transação com a EDF Brasil seja totalmente concretizada. A decisão da Copel pode impactar diretamente nas negociações e no futuro da operação da hidrelétrica.
Quais os próximos passos?
Antes que a venda seja concluída, a Neoenergia precisa obter aprovação de importantes órgãos reguladores. As aprovações do Cade e da Aneel são fundamentais para garantir que a transação respeite as normas do mercado e não represente riscos para a concorrência no setor. A empresa declarou que está confiante na obtenção das aprovações dentro do prazo estipulado, mantendo seus planos de reestruturação do portfólio.
- Cade: Conselho Administrativo de Defesa Econômica, responsável pela regulação de concorrência.
- Aneel: Agência Nacional de Energia Elétrica, que regula o setor elétrico no Brasil.
Impactos no setor energético brasileiro
A venda da usina Baixo Iguaçu pode ter impactos significativos no setor energético brasileiro. A entrada da EDF Brasil, uma das principais empresas de energia elétrica no mundo, pode influenciar a dinâmica de mercado, trazendo investimentos e novas tecnologias. Este movimento reforça a abertura do mercado brasileiro a operadores internacionais, possibilitando a expansão e modernização da matriz energética do país.