Hoje (13), o mercado financeiro brasileiro viu os juros futuros encerrarem com uma alta moderada, sinalizando a cautela dos investidores diante de eventos econômicos cruciais nos próximos dias.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou a 10,750%, enquanto o DI para janeiro de 2026 fechou com taxa de 10,53%, e o DI para janeiro de 2027 registrou 10,65%. A taxa do DI para janeiro de 2029 subiu de 10,98% para 11,02%, evidenciando uma tendência de alta.
Variações ao longo do dia e compasso de espera
A alta mais expressiva ocorreu pela manhã, em consonância com a trajetória dos Treasuries. Entretanto, à tarde, o avanço dos yields perdeu fôlego, resultando em uma desaceleração das taxas locais. A curva doméstica, no entanto, não apresentou alívio consistente nos prêmios de risco.
Expectativas com a agenda econômica e fiscal nos EUA e no Brasil
O aumento das taxas foi influenciado pela expectativa em torno do índice de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, programado para ser divulgado amanhã. Além disso, a possível alteração da meta zero para 2024 no projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Brasil também esteve no radar dos investidores, com prazo até sexta-feira (17).
Marianna Costa, economista-chefe do TC, destaca que a semana tende a seguir pelo lado negativo, especialmente com o CPI dos Estados Unidos e a decisão fiscal no Brasil. A inflação americana abaixo do esperado pode impactar as expectativas de novas altas de juros pelo Federal Reserve.
Perspectivas para o teto da dívida nos EUA e meta fiscal no Brasil
No cenário internacional, a Moody’s revisou a perspectiva para a nota AAA dos Estados Unidos para negativa, colocando em destaque a iminência do debate sobre o teto da dívida. No Brasil, a cautela é necessária, pois a Câmara dos Representantes dos EUA tem até sexta-feira para evitar uma paralisação da máquina governamental.
No âmbito brasileiro, o governo tem até sexta-feira (17), para alterar a meta de 2024 na LDO. Emendas propostas pelo senador Lindbergh Farias sugerem um déficit de 0,75% ou 1% do PIB, podendo impactar negativamente o mercado, que tem tolerância para um déficit de até 0,5%.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels