O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, opera em forte alta na tarde desta sexta-feira (14), com um avanço de 2,72%, aos 128.242 pontos, na máxima do dia às 16h35.
O desempenho é impulsionado pelo desempenho dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4), que sobem 3,78% e 3,33%, respectivamente.
Por volta das 14h, o índice retomou o patamar dos 127 mil pontos e manteve a alta, rompendo os 128 mil pontos e atingindo o maior nível intradiário desde 11 de dezembro.
A valorização é generalizada no pregão, com todos os setores subindo. Às 16h35, apenas cinco ações recuam, são elas:
- Suzano (SUZB3): -1,05% (R$ 58,61)
- PetroRecôncavo (RECV3): -0,32% (R$ 15,55)
- Caixa Seguridade (CXSE3): -0,27% (R$ 14,70)
- Petz (PETZ3): -0,22% (R$ 4,46%)
- Brava Energia (BRAV3): -0,20% (R$ 20,22)
Petrobras impulsiona o mercado
A arrancada da Petrobras na segunda metade do pregão teve como plano de fundo os investidores reagindo à pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para autorização da pesquisa de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
Outro fator que contribui para a alta é a elevação do preço-alvo do ADR da Petrobras nos Estados Unidos, de US$ 17 para US$ 18, pelo JPMorgan.
Bolsa acelera com desaprovação de Lula
A divulgação da pesquisa Datafolha nesta tarde, mostrando queda na aprovação do presidente Lula para o menor nível entre seus três mandatos, intensificou os ganhos no mercado doméstico.
O levantamento apontou que a popularidade do presidente caiu de 35% para 24% nos últimos dois meses, enquanto a reprovação subiu de 34% para 41%, um recorde. No Nordeste, onde o petista tradicionalmente tem bom desempenho, a avaliação “ótimo e bom” despencou de 49% para 33%.
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Com a pesquisa, a Bolsa ampliou alta acima de 2% e os juros futuros aceleraram a queda, chegando a recuar até 30 pontos-base nos vencimentos longos. O dólar à vista voltou a operar na casa dos R$ 5,70.
Memorando de Trump abre espaço para negociações
Além da Petrobras e da pesquisa Datafolha, o mercado mantém um tom positivo diante do memorando para potenciais tarifas recíprocas, anunciado ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida abre margem para novas negociações comerciais entre os EUA e seus parceiros.
O otimismo se espalha por todos os setores, com destaque para os índices financeiro e de consumo, que registram ganhos expressivos no pregão de hoje.
Enquanto a Bolsa sobe, dólar e juros despencam
Próximo do fim do pregão, o dólar à vista — que já operava em queda — também acelerou as perdas após pesquisa Datafolha. O real lidera os ganhos entre moedas emergentes ao longo desta sexta-feira.
Às 16h35, a moeda americana atingiu a mínima de R$ 5,69, com queda de 1,23%. O dólar futuro para março recuava 0,97%, negociado a R$ 5,7215.