A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 4,6% na comparação anual. O lucro líquido recorrente cresceu 20%, para R$ 1,2 bilhão.
Esse resultado foi influenciado, principalmente, por: Crescimento no resultado (ajustado) de comercialização de 40% aproximadamente, em virtude de uma estratégia diferenciada e maior margem na energia comercializada pela Cemig GT/Holding Aumento de 1,0% na energia distribuída pela Cemig D e resultado melhor em relação ao patamar regulatório de perdas de energia, custos e EBITDA Crescimento no lucro da Gasmig de 24% frente ao 3T22, por maior volume contratado e maior margem Reversão de perda por redução ao valor recuperável de PCHs mantidas para venda, após o sucesso no leilão de venda dos ativos, com efeito positivo de R$29,3 milhões no lucro Resultado de equivalência patrimonial menor em R$176,6 milhões, o principal fator foi o efeito positivo de R$132,8 milhões no 3T22, relacionado ao pagamento realizado pela AGPar ao FIP Melbourne (participação em Santo Antônio) associado ao Acordo decorrente de processo de arbitragem com resultado favorável.
Outros efeitos no 3T22:
Ajuste na metodologia de cálculo da PECLD para refletir de forma mais adequada a estimativa das perdas esperadas. Efeito positivo de R$86 milhões no lucro líquido Impacto positivo (R$90 milhões) de reversão de provisões tributárias em razão do cancelamento de autuações previdenciárias de contingências de PLR e consequente alteração do prognóstico de provável para possível Reclassificação de contingência previdenciária sobre indenização de anuênio, impacto negativo de R$88 milhões Registro de provisão para perda por redução ao valor recuperável, referente a questionamento de débito por parte de cliente, efeito negativo de R$25 milhões no lucro líquido.
A receita líquida alcançou R$ 9,4 bilhões no período, 2,2% maior que o visto no mesmo período do ano anterior. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 11,8% no trimestre, para R$ 2 bilhões na base anual. Em bases ajustadas, o ebitda cresceu 28%, para R$ 1,9 bilhão.
A energia vendida pela Cemig, excluindo Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), totalizou 15.787 gigawatts-hora (GWh) no terceiro trimestre, queda de 1% ante igual intervalo de 2023. O preço médio faturado subiu 14,4%, para R$ 439,4 MWh.
O Grupo Cemig faturou, aproximadamente, 9,17 milhões de clientes em setembro de 2023, com crescimento de 178 mil clientes, o que equivale a um aumento de 2,0% na base de consumidores em relação a setembro de 2022. Deste total, 9.166.273 são consumidores finais e de consumo próprio e 519 são outros agentes do setor elétrico brasileiro.
Ao final do trimestre, a dívida líquida da Cemig era de R$ 7,9 bilhões, aumento de 9,3% na comparação anual com a registrada em dezembro de 2022. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por lajida, encerrou o período em 0,94 vez.
Cynara Escobar / Agência CMA
Imagem: divulgação
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