O dólar fechou sem grandes solavancos nesta quinta-feira (25), com o mercado no aguardo do simpósio de Jackson Hole, que reunirá presidentes de bancos centrais, e novas sinalizações do FED.
A Levante, em relatório, explica a ansiedade do mercado para a fala de Jerome Powell, presidente do FED, nesta sexta-feira (26). Segundo a casa de investimentos, já se sabe que o Fed vai elevar novamente a Selic americana, atualmente com um piso de 2,25% ao ano. “A dúvida é se essa elevação será de 50 ou de 75 pontos-base, elevando a taxa para um piso de 2,75% ou 3% ao ano”, explicou. “Apesar de parecer pequena, essa diferença tem um impacto profundo nos preços dos ativos financeiros e reais ao redor do mundo”, completou.
Segundo Fernando Giavarina, head de câmbio da Valor Investimentos, o dólar já teve uma forte alta nestes últimos meses e a taxa Selic, elevada por aqui, acaba atraindo capital externo. “Isso ajuda ajuda a valorizar o real, mantendo a moeda relativamente calma”, disse Giavarina.
“Não vejo o câmbio voltando para R$ 4,60 e nem motivo de estresse para mais de R$ 5,50. Temos juros reais elevados, sendo um relativo porto seguro para o investidor”, completou ele.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,36%, sendo negociado a R$ 5,1150 para venda e a R$ 5,1290 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0870 e a máxima de R$ 5,1430.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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