Após uma sexta-feira com forte apetite ao risco em que a Bolsa fechou com alta de 2,77% e encerrou a semana passada valorizada em quase 6%, na sessão de hoje os investidores ficam de olho na China repercutindo os dados fracos da economia- produção industrial e vendas no varejo vieram abaixo da expectativa do mercado-, levando o Banco Popular da China (PBoC) a cortar a taxas de juros de referência para estimular a atividade no país.
Essa preocupação com a economia do país asiático impacta diretamente as commodities como petróleo e minério de ferro, que caíam.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto caía 1,43%, aos 111.120 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias operavam em queda. Na Ásia, os índices fecharam sem direção.
Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, disse que os números mais fracos da China e preocupação com o crescimento do país “fazem com que as commodities caiam hoje e, como o Brasil é grande exportador da matéria-prima, o Ibovespa futuro abriu em queda e a Bolsa deve realizar na sessão de hoje”.
As ações da Vale (VALE3) devem sofrer com a impacto negativo. Petrobras (PETR3 e PETR4) deve sofrer com a queda do petróleo, apesar de sexta-feira os papéis terem subido forte enquanto a commodity caiu. “Dados os níveis esticados que o papel se encontra, pode ter uma realização de lucro no curto prazo”.
Do lado positivo, Silva comentou que queda das commodities ajuda no controle da inflação, “que é a grande preocupação mundial, mas a recessão global atrapalha os mercados. O gestor da Galapagos Capital disse que entrada de estrangeiros na Bolsa está forte este mês, quase R$ 7 bilhões de capital externo este mês, o que justifica a boa performance do índice no ano. Esta semana tem vencimento de opções sobre o índice e sobre ações, o que deve trazer volatilidade ao Ibovespa.
Os investidores seguem de olho nos resultados corporativos que está chegando ao fim. esta semana.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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