As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em leve alta. O cenário global ainda é de menor aversão ao risco, puxado pelos últimos dados da economia norte-americana, mas o mercado está ressabiado com o aumento de 18% para ministros e servidores do judiciário, aprovado ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o boletim da Ajax Capital, os “ativos devem acompanhar melhora externa, mas o aumento dos riscos fiscais – após a proposta de elevação dos salários dos servidores do judiciário – pode impactar as taxas de juros”.
Outro fator de pressão inflacionária é a estabilização do setor de serviços. As receitas reais do setor de serviços cresceram 0,7% entre maio e junho, após ajuste sazonal, acima consenso de mercado.
“Os resultados desagregados da PMS de junho emitiram sinais positivos, já que quatro entre os cinco grupos pesquisados pelo IBGE cresceram na base de comparação mensal”, afirmouRodolfo Margato, economista da XP. “A maioria das atividades de serviços cresceu no 2º trimestre deste ano em relação ao trimestre imediatamente anterior, reforçando a visão de recuperação sólida do setor terciário”, completou.
Por volta das 12h50 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 13,720% de 13,720% no ajuste anterior para janeiro de 2025 ia a 11,935%, de 11,900% antes, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,735% de 11,715%, na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 5,1430 para venda.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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