Veremos hoje, 10/03, que na era digital, a tecnologia oferece inúmeras facilidades, mas também abre portas para atividades criminosas. Um exemplo disso é o uso de softwares de acesso remoto, que permite a técnicos e amigos resolverem problemas em computadores à distância. No entanto, essa mesma tecnologia tem sido explorada por golpistas para roubar dados pessoais.
O Banco do Brasil, preocupado com a segurança de seus clientes, disponibiliza informações sobre como esses golpes funcionam e como evitá-los. A conscientização é essencial para que a população possa se proteger adequadamente contra essas ameaças.
O que são golpes e por que a prevenção é fundamental?
Golpes são fraudes ou enganações que visam obter vantagem ilícita sobre a vítima, geralmente financeira. Os golpistas usam a manipulação psicológica (engenharia social), falsas promessas, ameaças e recursos tecnológicos para tornar os golpes mais convincentes.
Por que se Prevenir:
- Prejuízo Financeiro: Você pode perder dinheiro, às vezes quantias significativas.
- Endividamento: Golpistas podem usar seus dados para fazer compras ou empréstimos em seu nome.
- Roubo de Identidade: Seus dados pessoais podem ser usados para abrir contas falsas, cometer crimes, etc.
- Danos Emocionais: Ser vítima de um golpe causa estresse, ansiedade e frustração.

Como funcionam os golpes envolvendo softwares de acesso remoto?
Os golpes geralmente começam com uma ligação de alguém se passando por funcionário de uma instituição financeira. O criminoso informa a vítima sobre uma suposta movimentação suspeita na conta ou necessidade de atualização de segurança. Utilizando técnicas de engenharia social, ele convence a vítima a instalar um software de acesso remoto, alegando que isso ajudará a resolver o problema.
Uma vez instalado o programa, os golpistas obtêm controle total do dispositivo da vítima. Eles podem acessar informações sensíveis, realizar transações financeiras e até ocultar o ícone do software, dificultando a descoberta do golpe.
Quais são os sinais de alerta?
Existem vários sinais de alerta que podem indicar a presença de um golpe envolvendo software de acesso remoto:
- Ligações não solicitadas: Desconfie de chamadas de supostos bancos ou instituições financeiras que você não estava esperando, especialmente se pedirem informações pessoais ou solicitarem a instalação de software.
- Solicitação de instalação de software: Bancos legítimos nunca pedem para instalar programas de acesso remoto. Se alguém fizer essa solicitação, é um forte indício de golpe.
- Pressão para agir rapidamente: Golpistas criam um senso de urgência para que você tome decisões impulsivas.
- Mensagens com links suspeitos: Evite clicar em links de remetentes desconhecidos ou suspeitos, pois podem ser usados para instalar softwares maliciosos.
- Pedidos de informações pessoais: Nunca forneça senhas ou dados bancários por telefone ou mensagem.
Como se proteger de golpes?
Conhecer os sinais de alerta é o primeiro passo para se proteger. Aqui estão algumas medidas adicionais:
- Desconfie: Sempre desconfie de contatos não solicitados que peçam a instalação de software.
- Verifique a identidade: Confirme a identidade do contato ligando para a central de atendimento oficial da instituição.
- Mantenha atualizado: Mantenha seu software de segurança sempre atualizado.
- Evite links suspeitos: Não clique em links suspeitos e evite baixar aplicativos de fontes não confiáveis.
O que fazer se cair em um golpe?
Se você suspeitar que foi vítima de um golpe, tome as seguintes medidas imediatamente:
- Denuncie: Informe o ocorrido à polícia e aos provedores da sua conta bancária ou de cartão de crédito.
- Verifique o dispositivo: Peça a um especialista de TI para checar seu computador ou smartphone em busca de softwares maliciosos.
- Monitore suas contas: Fique atento a qualquer atividade suspeita em suas contas bancárias e cartões de crédito.
Além de seguir essas orientações, compartilhar informações sobre esse tipo de golpe com amigos e familiares pode ajudar a prevenir que outras pessoas também se tornem vítimas. A informação é a nossa maior aliada na batalha contra os criminosos digitais.
Tipos comuns de golpes
1. Golpes financeiros:
- Pirâmides Financeiras: Prometem altos retornos em pouco tempo, mas dependem do recrutamento de novas pessoas para se sustentar. São ilegais e insustentáveis.
- Exemplo: “Invista R$ 1.000 e ganhe R$ 5.000 em um mês! Traga seus amigos e ganhe ainda mais!”.
- Investimentos Falsos: Ofertas de investimentos em criptomoedas, ações, Forex, etc., com promessas de lucros irreais.
- Exemplo: Anúncios em redes sociais prometendo ganhos de 10% ao dia com Bitcoin.
- Empréstimos Falsos: O golpista oferece um empréstimo com condições muito vantajosas, mas pede um pagamento antecipado para “liberar” o dinheiro.
- Exemplo: “Empréstimo para negativados, sem consulta ao SPC/Serasa! Pague uma pequena taxa de cadastro e receba o dinheiro na hora.”
- Golpe do Falso Leilão: Sites, perfis de redes sociais e anúncios que simulam leilões, mas são fraudulentos.
- Golpe do Motoboy: Bandidos se passam por funcionários do banco, ou de operadoras de cartão.
2. Golpes por telefone:
- Falso Sequestro: O golpista liga dizendo que sequestrou um familiar e exige dinheiro para o resgate.
- Exemplo: Ligação com choro e gritos ao fundo, exigindo depósito imediato.
- Falso Funcionário de Banco: O golpista se passa por um funcionário do banco e pede seus dados bancários ou senha para “resolver” um problema na sua conta.
- Exemplo: “Sua conta foi invadida! Precisamos confirmar seus dados para bloqueá-la.”
- Golpe do Amor: Criminosos constroem relacionamentos com a vítima, pela internet ou aplicativos, e passam a pedir dinheiro.
- Golpes de Suporte Técnico: Os golpistas simulam ser de uma grande empresa de tecnologia, como a Microsoft, e induzem a vítima a pagar por serviços ou produtos.
- Golpe de Oferta de Emprego: Com promessas de bons salários, benefícios e vagas, os golpistas solicitam pagamentos de taxas.
- Golpe do WhatsApp: Os golpistas ligam para as vítimas, fazendo-se passar por empresas com as quais as vítimas têm cadastro. Com isso, conseguem induzir as vítimas a fornecerem o código de segurança do WhatsApp.
3. Golpes online:
- Phishing: E-mails, SMS ou mensagens falsas que imitam empresas ou órgãos públicos, com links para sites falsos ou anexos maliciosos.
- Exemplo: E-mail falso do seu banco pedindo para você clicar em um link para atualizar seus dados cadastrais.
- Sites Falsos: Sites que imitam sites de lojas online, bancos, etc., para roubar dados do cartão ou senhas.
- Exemplo: Um site que imita o site das Americanas, mas com um endereço diferente (ex:
americanas-ofertas.com
).
- Exemplo: Um site que imita o site das Americanas, mas com um endereço diferente (ex:
- Golpe do WhatsApp Clonado/Duplicado: O golpista clona seu WhatsApp ou se passa por você e pede dinheiro para seus contatos.
- Golpes de Redes Sociais: Perfis falsos que se passam por empresas ou pessoas famosas para aplicar golpes.
4. Golpes em compras online:
- Loja Falsa: Você compra um produto em uma loja online falsa e nunca recebe o produto.
- Produto Falso/Não Entregue: Você compra um produto, mas recebe um produto falsificado, diferente do anunciado ou não recebe nada.
- Pagamento Antecipado: O vendedor pede que você pague antecipadamente (por Pix, boleto, etc.), mas não entrega o produto.
5. Golpes com boletos falsos:
- Boleto Falso de Banco/Empresa: Você recebe um boleto falso (por e-mail, correio ou WhatsApp) que imita um boleto de uma empresa com a qual você tem um relacionamento (banco, plano de saúde, escola, etc.).
- Boleto Falso de Renegociação de Dívida: O golpista oferece um acordo para quitar uma dívida com um desconto, mas o boleto é falso.
6. Golpes do amor
- O golpista cria um perfil falso em redes sociais ou aplicativos de relacionamento, conquista a confiança da vítima e depois pede dinheiro, alegando problemas financeiros, de saúde, etc.
7. Golpes de emprego falso:
- O golpista oferece um emprego com salário alto e poucos requisitos, mas pede um pagamento antecipado para “cursos”,