A Azzas 2154, que surgiu da fusão entre Soma com Arezzo, reportou lucro líquido de R$ 168,9 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 35,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2024, o lucro líquido recorrente (pro forma) foi de R$ 590,7 milhões, recuo de 33,2% frente a 2023.
De acordo com o balanço trimestral divulgado nesta terça-feira (11), os resultados refletem a consolidação da operação do Grupo Soma, incorporado à Arezzo&Co, além do impacto da Lei 14.789/23, que elevou a tributação sobre incentivos fiscais do ICMS a partir de janeiro de 2024.
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Nova tributação pesa sobre os resultados
A Azzas destacou que, sem o efeito da maior carga tributária, o lucro líquido recorrente teria sido de R$ 241,5 milhões no quarto trimestre, uma queda menor, de 8,1% na comparação anual. Em 2024, o lucro líquido ajustado chegaria a R$ 907,3 milhões, um avanço de 2,7% frente ao ano anterior.
Receita cresce, mas custos pressionam margens
A receita líquida da empresa avançou 13,4% no quarto trimestre, totalizando R$ 3,403 bilhões. No acumulado do ano, o indicador somou R$ 11,578 bilhões, alta de 10,2% ante 2023.
Já o Ebitda recorrente – indicador que mede o desempenho operacional da empresa antes de impostos, juros, depreciação e amortização – subiu 4,1% no trimestre, para R$ 519,2 milhões. No ano, o crescimento foi de 4,9%, totalizando R$ 1,834 bilhão.
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Segundo a empresa, o crescimento da receita foi parcialmente compensado pela pressão na margem bruta e pelo aumento das despesas operacionais.
Endividamento e estratégia para 2025
A Azzas 2154 encerrou dezembro com um caixa de R$ 774,5 milhões e dívida líquida de R$ 1,752 bilhão, equivalente a 1,1 vez o Ebitda recorrente LTM (últimos 12 meses).
Para 2025, o CEO da companhia, Alexandre Birman, afirmou que a prioridade será aumentar a eficiência operacional e otimizar a alocação de capital, investindo em projetos com maior taxa interna de retorno (TIR) e buscando maximizar a geração de caixa.