A Unipar (UNIP3) registrou um lucro líquido de R$ 293 milhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 82% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o balanço divulgado nesta quinta-feira (13).
O Ebitda ajustado recorrente alcançou R$ 342 milhões, com alta de 44% na mesma base de comparação e margem de 24%, um avanço de 5 pontos percentuais.
A receita líquida da companhia somou R$ 1,635 bilhão, o que representa um aumento de 154% frente ao quarto trimestre de 2023.
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A dívida líquida da Unipar fechou 2024 em R$ 721 milhões, um crescimento de 57% em relação ao trimestre anterior. O índice de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) ficou em 0,76x, com 53% dos vencimentos concentrados após 2029.
Modelo de negócios e ciclo do setor
O CEO da Unipar, Rodrigo Cannaval, destacou que o modelo de negócios da companhia, dividido entre PVC e produtos químicos (cloro e soda cáustica), garantiu maior resiliência em um prolongado ciclo de baixa dos petroquímicos.
“Trabalhamos com o cenário de que o ciclo de baixa não deve melhorar em 2025. Nossos investimentos têm sido concentrados em químicos, o que ajuda a compensar a baixa de petroquímicos”, afirmou Cannaval ao Broadcast.
Durante o ano passado, os preços mais baixos do PVC impactaram as vendas da empresa, mas os investimentos na área de químicos ampliaram a participação desse segmento no resultado da companhia.
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Expansão na capacidade de produção
Em 2023, a Unipar aumentou sua capacidade de produção de químicos em 8%. Em 2024, a empresa deve registrar um novo aumento de 4%, impulsionado pela nova fábrica de Camaçari (BA), que começou a operar no fim do ano passado.
Financiamento do BNDES para a Unipar
No final do quarto trimestre, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 672,9 milhões para modernizar a fábrica da Unipar Carbocloro, em Cubatão (SP).
O projeto tem como objetivo substituir tecnologias ultrapassadas, como o uso de mercúrio, por métodos mais avançados, como a tecnologia de membrana.
Com isso, a empresa espera alcançar maior eficiência energética, reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) e atender às exigências da Convenção de Minamata, que proíbe o uso de mercúrio a partir de dezembro de 2025.