As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) passaram a operarm em alta, impulsionadas por risco externo e em semana de Copom. Segundo o Banco ING, em relatório, a visita planejada de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, a Taiwan pode renovar as tensões EUA-China e isso pode se traduzir em um fortalecimento do dólar porto seguro e fraqueza em moedas sensíveis.
Após muita volatilidade em meio a tensão entre China e Estados Unidos, a Bolsa passa a firmar puxada pelas ações da Petrobras com a valorização do petróleo no mercado internacional às vésperas da reunião da Opep+, que deve discutir a oferta da commodity, e amplia os ganhos. Ilan Arbetman, analista de Research da Ativa, disse que os bancos e Petrobras puxam a Bolsa “apesar do clima de tensão causado Estados Unidos e China com a visita de Nancy Pelosi a Taiwan”.
O dólar acelerou o ritmo de alta. Além do ambiente externo de aversão ao risco, com o ruído entre China e Estados Unidos, no âmbito doméstico a chance do Banco Central (BC) encerrar amanhã o ciclo de aperto monetário e as novas declarações do presidente Jair Bolsonaro contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o ambiente externo é de aversão ao risco, mas a possibilidade do BC sinalizar o final do aperto do ciclo monetário é ruim para o câmbio.”.
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 103.302 pontos (+1,05%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,2310 (+1,04%)
DI JAN 2023: 13,785% (-0,10%)
DI JAN 2027: 12,570% (+0,72%)
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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