A produção industrial brasileira recuou 0,4% entre maio e junho. Esse resultado interrompeu uma série de quatro ganhos consecutivos na margem, mas não evitou um avanço de 0,9% no trimestre passado. Ainda assim, o volume produzido na indústria doméstica está cerca de 1,5% abaixo do nível pré-pandemia. Na comparação interanual, por sua vez, a produção manufatureira contraiu 0,5% em junho.
Para a XP, em relatório, a leitura de junho apresentou sinais mistos entre as categorias econômicas.Por um lado, a produção de Bens de Consumo Duráveis saltou 6,4% ante maio, após aumento de 4,1% na divulgação anterior. Como resultado, a categoria registrou expansão de 5,7% no 2º trimestre (sucedendo a retração de 2,2% no 1º trimestre), embora continue rodando cerca de 15,5% aquém dos níveis registrados antes da pandemia.Todas as outras categorias recuaram na base mensal.
A produção de Bens de Consumo Semi e Não Duráveis decresceu 0,7% entre maio e junho, interrompendo uma sequência de dois ganhos consecutivos na margem avançou 0,5% no 2º trimestre, segunda leitura positiva na comparação trimestral, impulsionada pela sólida recuperação da renda real disponível às famílias.
“Além disso, 9 entre as 26 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE apresentaram resultados positivos em junho ante maio”, disse a casa.”Destaque para o crescimento de 6,1% da produção de Veículos Automotores (elevação de 5,8% no 2º trimestre), como reflexo da normalização gradual dos gargalos nas cadeias de suprimentos”, completou.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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