O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, atingiu a máxima do ano nesta quarta-feira (26) em alta de 0,34%, aos 132.519,63 pontos, impulsionado pelo fluxo de investimento estrangeiro. Nesta sessão, o volume negociado chegou a R$ 22 bilhões.
Com o aumento das incertezas sobre as tarifas de Donald Trump nos Estados Unidos, os investidores estrangeiros buscam investimentos em mercados emergentes, como o Brasil. No ano, o saldo de capital externo na Bolsa está positivo em R$ 11,89 bilhões.
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No mercado internacional, as tarifas protecionistas de Trump retornam à cena, após o presidente anunciar nesta quarta-feira taxas de 25% sobre a importação de automóveis, aumentando as preocupações com o crescimento econômico e levando investidores a reduzirem a exposição a ativos de risco.
Nesta quinta-feira (27), autoridades da Coreia do Sul fazem reunião de emergência com grandes montadoras para debater sobre essas tarifas dos EUA e devem anunciar um plano de retaliação ainda em abril.
No Brasil, o mercado reforça as expectativas de uma Selic mais elevada, diante de riscos inflacionários com as medidas do governo Lula para injetar mais dinheiro no consumo.
O dia é marcado por divulgações econômicas importantes, com destaque para o Relatório de Política Monetária (RPM), substituindo o RTI, e o IPCA-15, que revelou uma desaceleração, com alta de 0,64% em março, abaixo das projeções de 0,68%. Na base anual, a prévia da inflação subiu para 5,26%.
Em meio às incertezas sobre as tarifas de Trump e preocupação do cenário fiscal no Brasil, o dólar abriu em queda de 0,06%, a R$ 5,72, enquanto o dólar futuro recua 0,17%, a R$ 5,73. Os juros futuros também abriram em queda e o Ibovespa futuro sobe 0,59%, aos 133.970 pontos.
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Manchetes desta manhã
- IPCA-15 sobe 0,64% em março (Valor)
- Supremo torna réus Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe (Valor)
- Brasil taxará Estados Unidos se OMC não der resultado, diz Lula ao fim de passagem pelo Japão (Folha)
- Ações de montadoras desabam com tarifas de Trump. O que muda para a indústria automotiva? (O Globo)
- Dono do TikTok se torna o homem mais rico da China, com fortuna de US$ 57,5 bilhões ( O Globo)
Mercado global
As Bolsas da Europa seguem em queda na sessão desta quinta-feira, após anúncio de tarifas dos EUA sobre automóveis, que afetam fortemente o mercado local. As montadoras europeias exportaram cerca de 800 mil veículos para os EUA em 2024, quatro vezes o número de carros exportados pelos EUA para a Europa.
Sob efeito do anúncio, a Volkswagen (-1,48%) está particularmente exposta, com 43% de suas vendas provenientes do México, enquanto Mercedes Benz (-2,86%), BMW (-1,99%), Stellantis (-3,84%) e Porsche (-3,08%) também seguem sob forte pressão.
Na Ásia, o mercado encerrou o pregão sem direção definida, pressionado por montadoras de veículos, com o anúncio da taxa de 25% sobre automóveis.
Existe a possibilidade de um possível alívio para a China, com a declaração de Trump de que poderia considerar a redução de tarifas se o país permitir a venda do TikTok.
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Em Nova York, os índices futuros abriram de forma mista, refletindo a incerteza gerada pela decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas sobre automóveis importados.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,1%
• STOXX 600 -0,6%
• FTSE 100 -0,5%
• Nikkei 225 -0,6%
• Shanghai SE Comp. +0,2%
• MSCI EM -0,2%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +3,9bps a 4,3906%
• Bitcoin +0,3% a US$ 87551,13
Commodities
- Petróleo: opera em queda e perto da máxima de um mês, enquanto investidores avaliam guerra comercial. O Brent/maio cede 0,28%, a US$ 73,58 e o WTI/maio recua 0,20%, a US$ 69,51.
- Minério de ferro: fechou em alta de 1,28% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,60/ton. Em Singapura, os contratos futuros avançam 1,07%, cotados a US$ 103,45/ton e o mercado à vista está positivo em 0,10%, cotado a US$ 102,50/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, o dia é de agenda cheia, com a terceira leitura do PIB do 4º trimestre de 2024, que apontou alta a 2,4%, no consenso.
Destaque também para os pedidos semanais de seguro-desemprego, que caíram a 224 mil, ante 226 mil, no consenso e para a balança comercial de bens de fevereiro.
Cenário nacional
No Brasil, além da divulgação do IPCA-15, destaque para o leilão de LTNs e NTN-Fs do Tesouro e divulgação do resultado primário do governo central de fevereiro.
Entre os compromissos do dia, às 11h, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e Diogo Guillen participam de coletiva de imprensa sobre o Relatório de Política Monetária (RPM). Às 15h, Galípolo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em viagem pelo Japão, o presidente Lula disse que poderá impor tarifas retaliatórias aos EUA após anúncio de Trump de tarifas de 25% sobre automóveis.
“Nós temos duas decisões a fazer. Uma é recorrer na Organização Mundial do Comércio, que nós vamos recorrer, e a outra é a gente sobretaxar os produtos americanos que nós importamos. É colocar em prática a lei da reciprocidade”. Hoje, Lula inicia visita ao Vietnã.
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Destaques no mercado corporativo
- OI: teve prejuízo líquido de R$ 2,9 bilhões no 4º trimestre (seis vezes maior que em 2023); Ebitda negativo de R$ 641 milhões.
- Americanas: reportou prejuízo de R$ 586 milhões no 4º trimestre vs. lucro de R$ 2,56 bilhões no mesmo período do ano anterior.
- Metalúrgica Gerdau: BlackRock reduziu sua participação acionária de 5,10% para 4,75%, passando a deter 30.179.236 de PN.
- MRV: o Conselho de Administração aprovou a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) no total de R$ 222,8 milhões.
- Eletromídia: CVM autorizou OPA unificada para fechamento de capital pela Globo Comunicação, processos de aquisição de controle, cancelamento de registro e saída do Novo Mercado da B3.
- Auren Participações: anunciou a emissão de debêntures simples de R$ 2 bilhões com prazo de 10 anos.
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