O grande evento da semana é hoje com a decisão de juros nos Estados Unidos em que os investidores esperam uma elevação de 0,75 ponto porcentual (pp) – mesma
magnitude da última reunião, em junho- por conta da desaceleração econômica nos Estados Unidos e global.
Mas a atenção fica para a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central
norte-americano), Jerome Powell, às 15h30. O mercado deve ficar de olho às sinalizações da autoridade monetária sobre as novas altas da taxa de juros por lá.
Diante dessa expectativa, o Ibovespa futuro acompanha os sinais positivos lá fora, após a queda da véspera, e deve também repercutir os balanços corporativos da véspera das grandes empresas de tecnologia nos Estados Unidos como da Alphabet-dona da Google- e da Microsoft.
Por aqui, os investidores digerem o resultado da Klabin (KLBN11) -reportou lucro de R$ 972 milhões no 2T22, 35% acima do registrado no mesmo período do ano passado e ficam à espera da divulgação do Pão de Açúcar (PCAR3) e Suzano (SUZB3), após o fechamento do mercado. Ontem, o JP Morgan diminuiu a recomendação para neutro para a ação de Pão de Açúcar e reduziu o preço-alvo de R$ 37 para R$ 21.
No mercado internacional o minério de ferro e o petróleo registram alta.
Às 9h43 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 0,27%, aos 100.800 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias avançavam. Na Ásia, os índices fecharam mistos.
Rafael Passos, analista da Ajax Capital, disse em relatório, que os investidores ficam no aguardo do Fed e os ativos de risco devem acompanhar o mercado externo. “Espera-se uma alta de 0,75pp e um discurso voltado aos desafios da inflação e necessidade de alta de juros. Jerome Powell deve reafirmar seu compromisso em conduzir a política monetária para garantir a convergência dos preços aos seus objetivos”.
Soraia Budaibes / Agência CMA (Agência CMA)
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