Desde que as novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos entraram em vigor na última quarta-feira (2), os mercados globais passam por uma maré sangrenta, com quedas generalizadas. No entanto, a Bolsa brasileira pode se beneficiar com esta nova guerra comercial no longo prazo.
Mesmo com a disparada do índice VIX, conhecido como o índice do medo, para o terceiro maior patamar da história, a situação atual é considerada mais fácil de ser resolvida do que crises anteriores, como a pandemia ou a quebra de grandes bancos.
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A análise é de André Ribeiro, CEO da Wise Asset, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Para ele, o impacto inicial nas bolsas foi forte, mas há espaço para recuperação rápida, dependendo do desfecho político entre EUA e China. Confira a análise na íntegra abaixo:
Bolsa brasileira atrai mais interesse
Ribeiro vê o mercado brasileiro como uma possível oportunidade. Segundo ele, os ativos locais estão com valuation baixo — ou seja, ações negociadas a preços mais baratos em relação aos seus fundamentos —, ao mesmo tempo em que o ciclo de alta de juros se aproxima do fim.
A proximidade das eleições também tende a movimentar o mercado. Apesar de ainda haver incertezas, o Brasil não precifica hoje um cenário de disputa apertada, o que pode mudar nos próximos meses, aumentando a atratividade dos ativos brasileiros.
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Estrangeiros voltam à Bolsa
O fluxo de capital estrangeiro para a bolsa brasileira tem crescido mês a mês. Em 2025, já soma mais de R$ 10 bilhões, o que ainda é considerado pouco, mas já tem impacto significativo nos preços dos ativos locais.
O CEO da Wise Asset explica que, no atual cenário, os investidores globais estão começando a realocar recursos antes concentrados nos EUA para mercados emergentes — e o Brasil, com menor exposição geopolítica e ações descontadas, pode se beneficiar.
Diversificação é a chave
Segundo Ribeiro, momentos de estresse como o atual exigem decisões racionais. Ele defende a diversificação de portfólio como a melhor maneira de enfrentar a volatilidade. O estudo citado ao longo da análise mostra que, ao perder apenas cinco dos melhores pregões entre 2014 e 2019, o retorno do Ibovespa caiu quase pela metade.
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“O maior risco agora é estar fora do mercado”, alerta. Ele reforça que movimentos políticos e frases isoladas — como uma reaproximação entre líderes mundiais — podem rapidamente reverter o cenário de incerteza. Por isso, manter alocação e olhar de longo prazo se tornam fundamentais.