O Pix registrou uma média de mais de 390 mil fraudes por mês em 2024, um aumento de 80,5% em relação à média de 2023 (216 mil), segundo dados do Banco Central (BC) via Lei de Acesso à Informação (LAI).
De acordo com dados obtidos pelo Estadão Broadcast, o volume total de transações também aumentou. Em janeiro deste ano, foram registradas 324.752 fraudes no meio de 5,68 bilhões de transações — menos de 0,01% dos casos.
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Para conter o avanço das fraudes, o BC tem promovido atualizações nos mecanismos de segurança. Em outubro de 2025, será lançado um sistema de autoatendimento para o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que facilita a solicitação de devoluções em casos de golpe ou crime.
E essa não é a primeira ação. Desde 2021, foram anunciadas as seguintes medidas:
- Limites para transferências noturnas;
- Cadastro prévio de contas que podem receber valores acima dos limites;
- Prazo de 24 horas para aprovação de aumento de limites de transferência;
- Fiscalização sobre abertura de contas digitais;
- Criação de um sistema de compartilhamento de dados sobre fraudes;
- Limites reduzidos para transações em dispositivos não cadastrados;
- Exclusão de chaves cuja situação não esteja regular na Receita Federal.
Volume de fraudes preocupa especialista
O grande volume de fraudes no Pix preocupa Fernando Hideo, sócio do Warde Advogados e professor da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, que disse ao Monitor do Mercado que os “dados são alarmantes e reforçam a urgência de uma regulamentação mais rigorosa”.
Segundo ele, é preciso ir além das medidas já apresentadas, aprimorando o MED para rastrear recursos fraudulentos para além da primeira conta receptora. Além disso, implementar o banimento temporário de contas utilizadas em fraudes e exigir autenticação biométrica em dispositivos não cadastrados.