O dólar fechou esta quinta-feira (24) em queda de 0,49%, a R$ 5,69 — atingindo sua quinta queda consecutiva. O movimento refletiu o otimismo dos investidores com a possível redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
A reação foi impulsionada por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou a possibilidade de rever as tarifas de importação aplicadas à China — atualmente em 145%. Ele afirmou ter se reunido com o país asiático e mencionou um prazo de “duas a três semanas” para rever os tributos.
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Apesar de o governo chinês negar que existam tratativas em andamento, a simples sinalização de uma possível reaproximação foi suficiente para melhorar o humor dos mercados internacionais.
Commodities e emergentes em alta
Com a expectativa de alívio na guerra comercial, moedas de países exportadores de commodities — como o Brasil — se valorizaram frente ao dólar. Também contribuíram os novos estímulos monetários anunciados pela China para sustentar sua economia.
Em entrevista ao Estadão Broadcast, Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, disse que o real se beneficiou do maior apetite ao risco no exterior, mesmo sem alterações nos fundamentos econômicos do Brasil. A formação da taxa de câmbio, explicou, tem sido guiada por fatores externos.
Carry trade e juros elevados
O real segue atrativo para operações de carry trade, que consistem em tomar recursos em países com juros baixos e investir em países com juros mais altos, como o Brasil. A taxa básica de juros (Selic) está em alta, mas o mercado já especula que o atual ciclo de aperto pode terminar em breve.
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Durante evento em Washington, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que a atividade econômica está moderando, o que favorece a convergência da inflação à meta.
Já Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais, disse que o próximo aumento da Selic deve ser menor do que o anterior, de 1 ponto percentual.
DXY em queda
O índice DXY — que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — recuava cerca de 0,60% no fim da tarde, aos 99,240 pontos. Entre as moedas emergentes, o peso chileno e o peso colombiano também registraram ganhos.