Pela primeira vez desde o fim de 2002, o o euro e o dólar entram em paridade de preços, nesta terça-feira (12). A cotação entre as moedas vem se aproximando desde a última semana, com a crise energética europeia no radar dos investidores.
Nos últimos meses, a Rússia tem efetuado diversos cortes e limitações ao fornecimento de gás no continente europeu, em retaliação as sanções impostas pela Otan.
Com a Rússia fornecendo mais de 40% de todo o gás presente na Europa, os preços da commodity dispararam, gerando não só uma preocupação por um possível desabastecimento, mas bem como uma alta inflacionária.
O Banco Central Europeu (BCE), ao contrário do Federal Reserve (Fed), tem feito aumentos tímidos nas altas de juros para conter a inflação, na tentativa de evitar um processo de recessão.
Na quinta-feira (7) o BCE reforçou as expectativas de um aumento de 25 pontos-base na taxa básica de juros na reunião de julho, mas não descartou um aumento maior em setembro.
Dessa forma, o mercado tem refletido suas preocupações no preço da moeda.
Do começo de julho até hoje, o dólar também tem tido sequências de alta com os investidores buscando segurança na moeda, em meio ao risco de uma possível recessão global.
A alta do dólar junto as sequentes desvalorizações do euro contribuíram para a paridade entre as moedas, junto aos anúncios de um aperto monetário considerável nos Estados Unidos.
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