O Governo registrou superávit primário de R$ 1,096 bilhão em março, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). O número reverte o déficit de R$ 31,673 bilhões apurado em fevereiro.
Esse foi o melhor resultado real para o mês de março desde 2021, considerando a série histórica iniciada em 1997. Em março de 2024, o resultado havia sido negativo em R$ 1,024 bilhão.
De janeiro a março de 2025, o Governo acumula superávit de R$ 54,532 bilhões — melhor resultado para o período desde 2022. No mesmo intervalo do ano passado, o saldo havia sido positivo em R$ 20,171 bilhões.
A melhora no resultado fiscal de março foi impulsionada por uma alta real (descontada a inflação) de 2,2% nas receitas, em comparação com o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, a arrecadação cresceu 2,8%.
Do lado das despesas, houve queda real de 0,5% em março. No acumulado até março, a redução nas despesas foi de 3,4%.
Resultado em linha com o novo arcabouço fiscal
Nos 12 meses encerrados em março, o Governo registra déficit de R$ 10,9 bilhões, equivalente a 0,07% do Produto Interno Bruto (PIB).
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O Tesouro também passou a divulgar a proporção das despesas em relação ao PIB, como previsto no novo arcabouço fiscal. As despesas obrigatórias somaram 16,94% do PIB no período, enquanto os gastos discricionários do Executivo representaram 1,52%.
Para 2025, o governo busca um resultado primário neutro, ou seja, saldo zero entre receitas e despesas antes dos juros da dívida. A meta permite variação de até 0,25 ponto percentual para mais ou para menos do PIB — um limite de déficit de R$ 31 bilhões. O teto para os gastos públicos neste ano é de R$ 2,249 trilhões.