Agência Brasil
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em alta com a crescente insatisfação de servidores públicos por reajuste salarial e buraco de R$ 9 bilhões no Orçamento deste ano.
"O que traz um pouco de apreensão hoje são as manifestações de 40 categorias por aumento salarial, por conta do reajuste aos policiais federais. Além disso, o sindicato dos médicos em São Paulo está prevendo uma paralisação para amanhã", diz Vitor Carettoni, diretor da mesa de renda variável da Lifetime Investimentos.
O Ibovespa opera entre altas e baixas com o cenário internacional desfavorável com a alta dos rendimentos títulos do Tesouro norte americano de 10 anos, treasuries, disparando a alta devido à preocupação dos investidores com a inflação e a iminente elevação da taxa de juros do país. O petróleo segue em alta por conta das tensões geopolíticas no Oriente Médio.
Por aqui, os investidores seguem com o foco na paralisação dos servidores que reivindicam aumento salarial e a questão do risco fiscal. O presidente tem até sexta-feira (21) para aprovar o orçamento deste ano de R$ 1,7 bilhão.
No campo positivo, as commodities ligadas ao petróleo e minério de ferro ajudam na alta do índice. Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) subiam respectivamente 0,11% e 0,73% e da Vale (VALE3) avançavam 2,83%.
O dólar virou e passou a operar misto, porém ainda sem rumo definido. Por mais que isso reflita os resultados ruins do Indice Empire State, que caiu 0,3 ponto em janeiro ante expectativa de +27,5 pontos, os estímulos econômicos na China e a greve dos servidores públicos, no Brasil, são os principais fatores que impactam o câmbio.
De acordo com o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, "o Empire State foi motivador de curto prazo, mas a China dando indicações que irá estimular a economia para conter a desaceleração é mais relevante".
Veja como estava o mercado por volta das 13h30 (de Brasília):
IBOVESPA: 106.549 pontos (+0,16%)
DÓLAR À VISTA: R$ 5,528 (+0,03%)
DI JAN 2023: 12,030 (+0,12%)
DI JAN 2024: 11,800 (+0,51%)
Pedro de Carvalho / Agência CMA
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