O dólar fechou esta segunda-feira (2) em queda de 0,38%, a R$ 5,65. O movimento foi influenciado por dois fatores principais: o relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll), que veio acima do esperado, e a sinalização da China de que está disposta a negociar tarifas com os Estados Unidos.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, foram criados 177 mil empregos em abril, acima da projeção mediana de 138 mil. O resultado reforça a resiliência do mercado de trabalho americano, afastando preocupações com uma possível recessão.
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Outro ponto que influenciou o câmbio foi a fala do Ministério do Comércio da China, que demonstrou abertura para retomar negociações comerciais com os Estados Unidos, desde que Washington esteja disposto a rever tarifas unilaterais.
Segundo reportagem da Dow Jones, a China também estuda formas de responder às queixas americanas sobre sua atuação no mercado de fentanil — um opioide sintético.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, também recuou 0,20%, aos 99,99 pontos.
Commodities ajudam emergentes, mas petróleo recua
A alta do minério de ferro e das commodities agrícolas também contribui para o fortalecimento do real. No entanto, o petróleo fechou em baixa, pressionado por especulações de que a Opep+ pode aumentar a produção em junho.
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Real acumula valorização em 2025
No acumulado do ano, o real já se valorizou mais de 8% frente ao dólar. Para Costa, da Monte Bravo, esse movimento ocorre mais pela fraqueza da moeda americana diante das limitações fiscais dos EUA do que por fatores internos do Brasil.