Com os investimentos no exterior cada vez mais em alta entre os brasileiros em busca de hedge contra as oscilações da política e da economia brasileira, os gestores têm passado a oferecer, nos últimos anos, novas e variadas opções em termos de ativos, prazos e teses de investimentos.
Os produtos que vão dos BDRs (Brazilian Depositary Recepts) à abertura de contas em corretoras que permitem a aplicação em dólar diretamente nas Bolsas dos Estados Unidos, por exemplo.
Em meio a essas opções, surgem novidades para o público, como a possibilidade de investir em retrofit e posterior venda de imóveis no principal centro financeiro do Planeta, Nova York.
A tese é da Nau Capital, multi familly office, em parceria com a RBR Asset, que oferecem o fundo RBR Club 3, cujo modelo de negócios consiste em identificar edifícios com bom potencial na “Big Apple”, reformá-los, alugá-los e, por fim, vendê-los, já com os locatários instalados, o que, evidentemente, aumenta o potencial e o valor de venda.
O fundo tem prazo de cinco anos e apresenta uma expectativa de retorno, em média, de 15% líquido ao ano, em dólar.
Alguns pressupostos são adotados pelos gestores na identificação dos prédios com potencial, como, por exemplo, o de não ter mais que 10 apartamentos, ser bem localizado e ter bom acesso a transporte público — questão fundamental em uma cidade em que o deslocamento se dá, em grande parte, por meio de metrô.
Os imóveis também têm, obrigatoriamente, de ficar na ilha de Manhattan ou no vizinho Brooklin. Depois de retrofitados, os edifícios antigos são alugados a uma yield alvo de 6,5%a.a e vendidos a investidores profissionais.
“Em 2021, alocamos R$ 55 milhões nessa tese de investimentos. O fundo já vendeu um dos prédios com uma TIR de 43% e ofereceu aos clientes brasileiros a oportunidade de surfar na reabertura do principal polo financeiro do mundo após a pandemia”, conta Lucas D’Alcantara, sócio da empresa.
“Agora, vamos para uma nova rodada dessa operação, alocando R$ 70 milhões para os investidores que queiram diversificar o patrimônio”.
*Imagem: Piqsels.com