O dólar abriu a sessão em alta. Assim como observado ontem, o driver de hoje segue sendo o temor por uma recessão mundial, o que contribui com o clima de aversão ao risco. Já no cenário doméstico, o descontrole fiscal, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Bondade, é visto de modo temerário pelo mercado.
Para o sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “tudo caminha para um semestre de recessão pela frente, e é um reflexo da injeção de liquidez (dinheiro) durante a pandemia. Isso criou um choque de demanda e gerou um aumento da inflação”.
Brigato entende que além do aumento dos juros nos Estados Unidos, as incertezas fiscais e políticas prejudicam o real: “Existe uma saída de dólar do Brasil, indo principalmente para ativos de baixo risco, como os treasuries americanos”, analisa.
Por volta das 9h34 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,44%, cotado a R$ 5,4110 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2022 avançava 0,38%, cotado a R$ 5.449,00.
Paulo Holland / Agência CMA
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