O dólar fechou em alta de 1,16%, cotado a R$ 5,3870. O driver do dia foi a forte aversão global ao risco, gerada pelo temor de uma recessão mundial. Os problemas fiscais seguem inalterados, mas hoje ficaram em segundo plano.
Segundo o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “existe uma percepção de desaceleração global aumentando, com os ativos de risco e commodities em queda, o que prejudica o real”.Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “hoje o dólar ganha não apenas das moedas emergentes ligadas às commodities, mas também das desenvolvidas”.
Weigt observa que a preocupação global com a inflação deu lugar ao risco crescente de recessão: “Mas isso pode mudar de acordo com os dados que saírem ao longo das semanas”, pontua.
De acordo com boletim da Ajax Capital, “lá fora, ações, commodities e moedas dos emergentes registram fraco desempenho por conta do temor de recessão”.
Já no cenário local, a situação fiscal continua delicada: ” Por aqui, a cautela deve prevalecer nos mercados locais por conta do ambiente externo desfavorável e das incertezas quanto ao tamanho da expansão fiscal promovida pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das bondades”, avalia a Ajax.
Paulo Holland / Agência CMA
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