A trégua comercial entre Estados Unidos e China, após negociações realizadas na Suíça no fim de semana, pode abrir caminho para uma retomada nas exportações chinesas, segundo avaliação do ING.
Segundo o banco, a tarifa atual de 30% sobre produtos chineses é suficiente para permitir um “retorno mais ou menos normal” ao comércio bilateral, mostra reportagem do Estadão Broadcast.
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Apesar da redução das tensões, o banco holandês avalia que o processo de negociação entre as duas maiores economias do mundo continua “desafiador”.
De acordo com o ING, a China entrou nas negociações exigindo uma redução nas tarifas, o que foi atendido. O banco entende que isso pode ser interpretado como um ganho estratégico para os chineses.
Também foi observado que muitas das exportações da China não possuem substitutos óbvios no mercado global, conferindo maior resistência ao país em eventuais disputas comerciais prolongadas.
Como resultado, o banco aposta que a trégua deve resultar em uma recuperação acentuada das exportações chinesas para os EUA nos meses de maio e junho, com importadores norte-americanos com estoques baixos aproveitando a trégua para retomar as compras.
Além disso, a projeção é de uma possível antecipação de exportações em julho e agosto, especialmente se não houver definição clara sobre um acordo duradouro ao fim do período de 90 dias estabelecido para novas negociações.