O dólar opera misto, oscilante. Apesar do feriado nos Estados Unidos gerar menor liquidez no mercado, os novos casos de Covid na China, além das expectativas por
um Banco Central Europeu (BCE) mais hawkish (propenso ao aumento dos juros) e o cenário fiscal doméstico nebuloso, formam um cenário desfavorável ao real.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “o dólar perde força para o DXY (cesta de moedas desenvolvidas) com os investidores de olho na elevação no BCE, mas isso é pontual”.
“As moedas emergentes ficam comprometidas com os novos lockdowns na China, que também gera uma queda nos preços das commodities. O que vinha balizando era justamente a reabertura da China”, analisa Abdelmalack.
A economista entende que o ambiente fiscal, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Bondade, deve seguir até o pleito presidencial: “Vamos navegar por um período mais complicado. O mercado está muito sensível e o ambiente de negócios tende a piorar”, contextualiza.
Por volta das 9h49 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,03%, cotado a R$ 5,3240 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2022 recuava 0,12%, cotado a R$ 5.366,00.
Paulo Holland / Agência CMA
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