Os grandes bancos internacionais já estão preparando seus clientes para uma possível recessão nos Estados Unidos, fruto do aumento de preços e das altas nas taxas de juros, que reduzem as expectativas de crescimento econômico.
Com o pior semestre para a Bolsa em 50 anos, a projeção do Bank of America é de que haja um “choque de recessão” nos mercados.
Essa é a terceira semana que o indicador “bull ou bear” do BofA aparece em “máximo de baixa”, afirmou o estrategista-chefe Michael Hartnett em relatório divulgado pela Bloomberg.
Ele não está sozinho. O JP Morgan cortou as previsões para o PIB no segundo semestre para 1% o que, de acordo com o economista-chefe do banco, Michael Feroli, coloca o país “perigosamente perto de uma recessão”.
“No entanto, continuamos a esperar que a economia se expanda, em parte porque achamos que as empresas podem estar relutantes em dispensar trabalhadores, mesmo em período de baixa demanda.”, afirmou Feroli de acordo com a Bloomberg.
A Meta, dona do Facebook, já anunciou que está se preparando para uma forte desaceleração econômica, com planos de cortar 30% dos empregos de engenharia neste ano, disse o CEO Mark Zuckerberg aos funcionários na quinta-feira (30), informou a Reuters.
Zuckerberg não é o primeiro a anunciar cortes e segue a lista de empresas e personalidades que já estão se planejando para um Estados Unidos em recessão. Seu companheiro da lista de bilionários da Forbes, Elon Musk, já anunciou que pretende cortar 10% dos empregos de sua montadora Tesla.
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