Os papéis da Oi (OIBR4) sobem 9% nesta quinta-feira (15) após a companhia registrar um lucro líquido de R$ 1,67 bilhão no primeiro trimestre de 2025, revertendo um prejuízo de R$ 2,78 bilhões apurado no mesmo período de 2024.
De acordo com o balanço, o desempenho foi impulsionado pela venda da operação de banda larga para a V.tal, concluída em fevereiro, que gerou um ganho contábil de R$ 3,7 bilhões. A valorização do real frente ao dólar também ajudou, reduzindo o peso da dívida em moeda estrangeira.
- 📩 Os bastidores do mercado direto no seu e-mail! Assine grátis e receba análises que fazem a diferença no seu bolso.
Às 13h05 (horário de Brasília), as ações preferenciais (OIBR4) registram alta de 9,73%, cotadas a R$ 8,12. Por outro lado, as ações ordinárias (OIBR3) operam no vermelho, caindo 1,43%, a R$ 0,69.
Resultados financeiros da Oi
O Ebitda — sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — ficou em R$ 3,27 bilhões. No mesmo período do ano anterior, o indicador era negativo em R$ 204 milhões.
Contudo, o Ebitda de rotina, que exclui efeitos não recorrentes como a venda de ativos, ficou negativo em R$ 433 milhões. Isso representa uma piora de 158% na comparação anual, indicando que a operação principal da empresa segue deficitária.
A receita líquida total foi de R$ 1,43 bilhão, retração de 34,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas em um nível superior ao lucro. A queda está relacionada à saída dos negócios de banda larga e de televisão por assinatura.
A Oi Soluções, unidade remanescente voltada ao mercado corporativo, teve receita de R$ 371 milhões, com recuo de 22%.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Despesas menores, mas consumo de caixa cresce
Os custos e despesas operacionais somaram R$ 1,9 bilhão, redução de 19,2%. A companhia cortou gastos com pessoal, serviços de terceiros, publicidade e aluguéis. Em contrapartida, as despesas com manutenção de rede aumentaram.
O resultado financeiro apresentou uma despesa de R$ 235 milhões, queda de 90% em relação ao ano anterior, refletindo a valorização do real e a menor despesa com juros.
Apesar da melhora nos indicadores contábeis, a Oi consumiu R$ 523 milhões de caixa no trimestre — um aumento de 54% frente ao mesmo período do ano passado. O motivo, segundo a empresa, é a manutenção de redes legadas e infraestrutura de banda larga.
Com isso, o caixa disponível da companhia recuou para R$ 1,45 bilhão.
Dívida cai após plano de recuperação
A dívida líquida da Oi encerrou o trimestre em R$ 9,8 bilhões, uma queda de 61% em relação ao primeiro trimestre de 2024. A redução está ligada à aprovação do novo plano de recuperação judicial.