O dólar abriu a sessão em alta. O clima de aversão ao risco
no exterior, puxado por um temor de recessão global, soma-se ao já habitual descompasso fiscal doméstico, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estado de emergência, que fragiliza ainda mais as contas públicas.
Para a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, “o mercado permanece com tom de cautela por conta da preocupação com a possível recessão global”. A economista entende que o desemprego no Japão, que foi a 2,6% maio ante 2,5% em abril, adiciona mais um ingrediente neste caldo.
Já no cenário doméstico, a situação de tensão fiscal permanece inalterada: “Isso continua sendo o principal motivo de pressão na nossa moeda”, analisa Quartaroli. O Senado concluiu, ontem, a votação da PEC que ainda terá de ser votada pela Câmara dos Deputados.
Por volta das 9h42 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1,45%, cotado a R$ 5,308 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2022 avançava 0,99%, cotado a R$ 5.348,50.
Paulo Holland / Agência CMA
Copyright 2022 – Grupo CMA
Imagem: Piqsels