Em uma coletiva de imprensa recente, o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, anunciou que o Benefício de Prestação Continuada (BPC) passará por uma fiscalização mais rigorosa em 2026. Essa medida faz parte das diretrizes do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, já encaminhado ao Congresso Nacional. O objetivo é garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma adequada, evitando pagamentos indevidos.
O BPC é um benefício mensal equivalente a um salário mínimo, destinado a pessoas com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência que comprovem baixa renda. Diferente de outros auxílios da Previdência Social, ele não exige contribuição prévia ao INSS e não concede direitos como 13º salário ou pensão por morte. A solicitação é feita digitalmente, sem necessidade de comparecimento físico às agências do INSS.
Quem tem direito ao BPC?

Para receber o BPC, a pessoa precisa ser brasileira nata ou naturalizada, ou ter nacionalidade portuguesa, além de viver em condição de vulnerabilidade econômica. A renda familiar deve ser inferior a um quarto do salário mínimo por pessoa, conforme o Cadastro Único (CadÚnico) e dados do INSS.
A fiscalização prevista para 2026, embora rigorosa, não deve prejudicar quem está com a documentação e informações em dia. A ação tem como foco identificar pagamentos irregulares e corrigir distorções, assegurando que o benefício continue chegando somente a quem realmente precisa.
Como será a fiscalização do BPC em 2026?
Clayton Montes destacou que o governo intensificará o pente-fino nos registros do BPC, prática que já ocorre a cada dois anos, mas que será mais detalhada em 2026. O objetivo é remover do sistema os beneficiários que não preenchem mais os requisitos legais, seja por mudança na renda familiar, inconsistências cadastrais ou suspeitas de fraude.
Essa ação, segundo projeções do Executivo, pode gerar uma economia de R$ 2 bilhões em 2026, contribuindo para a contenção de gastos e o equilíbrio das contas públicas. Além do BPC, programas como o Proagro e benefícios previdenciários também estão sob revisão.
Qual o impacto da revisão do BPC?
Em um cenário de contenção fiscal e revisão de políticas públicas, a medida reforça o compromisso com a transparência e o direcionamento justo dos recursos sociais. A expectativa é que a fiscalização mais detalhada contribua para a sustentabilidade do programa, garantindo que os recursos sejam destinados a quem realmente necessita.
Essa revisão também visa fortalecer o BPC, coibindo fraudes e garantindo que o benefício chegue às pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. Com a economia projetada, o governo espera equilibrar as contas públicas e assegurar a continuidade do programa.
O que esperar do futuro do BPC?
O futuro do BPC dependerá de uma gestão eficiente e transparente dos recursos. A revisão de 2026 é um passo importante nesse sentido, buscando assegurar que o benefício continue a ser um suporte vital para aqueles que realmente precisam. A expectativa é que, com medidas como essa, o programa se torne mais robusto e eficaz, atendendo de forma justa a população vulnerável do país.









