O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 0,9 ponto em maio e atingiu 98,9 pontos, registrando a maior alta de 2025. Na média móvel trimestral, o avanço foi de 0,2 ponto, para 98,4 pontos.
Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre, embora o setor industrial tenha demonstrado intenção de aumentar a produção nos próximos meses, os estoques elevados pelo segundo mês seguido acendem um sinal de alerta.
O cenário macroeconômico segue desafiador, com política monetária contracionista e expectativa de desaceleração econômica no segundo semestre.
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Estoques da indústria acima do ideal
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,0 ponto, para 99,1 pontos, puxado principalmente pelo aumento do nível de estoques, que subiu 3,1 pontos e chegou a 103,2 — o maior patamar desde abril de 2024. Quando o indicador supera 100 pontos, sinaliza estoques acima do nível considerado adequado.
Além disso, a percepção sobre a situação atual dos negócios caiu 0,8 ponto, enquanto a avaliação sobre a demanda atual avançou 0,9 ponto, marcando a quarta alta consecutiva.
Expectativas melhoram
O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,7 pontos, para 98,0 pontos, com melhora em todos os indicadores. A projeção de produção para os próximos três meses subiu 4,2 pontos e alcançou 101,0, maior valor desde junho de 2022.
Também houve avanço na intenção de contratações (1,7 ponto, para 99,8) e na tendência dos negócios (1,9 ponto, para 95,4).
Utilização da capacidade cresce
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da indústria subiu 0,7 ponto percentual em maio, chegando a 83,7%. Esse é o maior nível desde janeiro de 2011, quando o indicador alcançou 84,0%.