O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um suporte financeiro crucial para muitos brasileiros em situação de vulnerabilidade. Previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o BPC garante um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência que não têm condições de se sustentar ou de serem sustentadas por suas famílias. Este benefício não requer contribuição prévia ao INSS, o que o torna uma ferramenta vital de assistência social.
Nos últimos tempos, o BPC tem sido alvo de discussões devido a uma convocação em massa feita pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para reavaliação das condições dos beneficiários. Essa medida gerou uma série de dificuldades para os beneficiários, que enfrentam problemas técnicos ao tentar agendar as perícias obrigatórias, tanto pelo aplicativo Meu INSS quanto nas agências físicas.
Quais são os desafios enfrentados pelos beneficiários do BPC?

Os beneficiários do BPC têm relatado dificuldades significativas para cumprir as exigências do INSS. A principal queixa é a impossibilidade de agendar as perícias necessárias devido a falhas no sistema. Muitos relatam que o aplicativo Meu INSS não funciona corretamente, e as agências físicas também enfrentam instabilidades. Além disso, o reconhecimento facial, necessário para desbloquear o crédito consignado, tem se mostrado ineficaz, gerando ainda mais frustração.
Essas falhas não apenas impedem o cumprimento das exigências do INSS, mas também colocam em risco a única fonte de renda de muitas famílias. O crédito consignado, por exemplo, é uma ferramenta essencial para cobrir despesas emergenciais, e sua inacessibilidade pode ter consequências graves para aqueles que dependem dele.
Como o INSS e o ministério da previdência estão lidando com a situação?
Até o momento, o INSS e o Ministério da Previdência Social não emitiram um comunicado oficial sobre as falhas no sistema. Essa falta de resposta tem gerado insegurança entre os beneficiários, que temem a suspensão do benefício caso não consigam cumprir as exigências dentro do prazo estipulado. A ausência de orientações claras aumenta a apreensão e a incerteza sobre o futuro do BPC.
Especialistas e assistentes sociais recomendam que os beneficiários registrem todas as tentativas de agendamento, busquem apoio no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e formalizem reclamações na Ouvidoria do INSS. Em casos extremos, o Ministério Público Federal pode ser acionado para garantir que os direitos dos beneficiários sejam respeitados.
Quais medidas são necessárias para resolver os problemas do BPC?
Para solucionar os problemas enfrentados pelos beneficiários do BPC, é essencial que o governo adote medidas urgentes. A modernização do sistema do INSS é uma prioridade, com a estabilização dos sistemas digitais e a abertura de canais emergenciais para agendamentos. Além disso, a prorrogação dos prazos para revisão do BPC é fundamental até que o sistema funcione adequadamente.
A suspensão do BPC, mesmo que temporária, pode ter um impacto devastador nas famílias que dependem desse benefício. Muitas vivem em regiões com acesso limitado a recursos básicos, e a perda do BPC compromete sua sobrevivência e dignidade. Portanto, é crucial que o governo atue rapidamente para garantir que o BPC continue a ser um pilar de sustentação para aqueles que mais precisam.