O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com os três meses anteriores, segundo dados finais divulgados nesta sexta-feira (6) pela agência de estatísticas da União Europeia (Eurostat).
O resultado superou a estimativa preliminar, que indicava alta de 0,3%, e também as projeções de analistas ouvidos pela Factset, que esperavam esse mesmo número.
Na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB da zona do euro teve crescimento de 1,5%, acima da estimativa anterior de 1,2%. A Eurostat também revisou o resultado do quarto trimestre de 2024, que passou de 0,2% para 0,3% de crescimento.
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Consumo e exportações impulsionam crescimento
O crescimento econômico foi sustentado principalmente por três fatores: consumo das famílias, investimentos e exportações.
O consumo das famílias avançou 0,2%, enquanto os gastos do governo se mantiveram estáveis. A formação bruta de capital fixo — indicador que mede os investimentos em ativos como máquinas, equipamentos e infraestrutura — aumentou 1,8%, após alta de 0,7% no trimestre anterior.
As exportações cresceram 1,9%, e as importações subiram 1,4%, revertendo a queda de 0,1% registrada nos três meses anteriores. A contribuição dos estoques ao PIB foi negativa, subtraindo 0,1 ponto percentual do resultado.
Emprego e produtividade sobem
O número de pessoas ocupadas na zona do euro cresceu 0,2% no trimestre, após uma alta de 0,1% no trimestre anterior. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, o aumento foi de 0,7%.
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A produtividade do trabalho também avançou. Houve crescimento de 0,8% com base no número de pessoas e de 1,1% considerando as horas trabalhadas.
Expectativas para inflação e crescimento
De acordo com projeções do Banco Central Europeu (BCE), a inflação média deve ficar em 1,6% em 2026, voltando ao patamar de 2% apenas em 2027.
Já para o crescimento do PIB, a estimativa da autoridade monetária é de alta de 0,9% em 2025 e 1,1% em 2026.
Segundo o presidente do Banco Central da França, François Villeroy de Galhau, o BCE conseguiu controlar a inflação após os choques causados pelo pós-pandemia e pela guerra na Ucrânia. “Vencemos a batalha contra a inflação na Europa”, disse o dirigente, em entrevista à TV francesa.